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Fotografia 2.0: O novo velho novo – analógico ou digital? 

Muito interessante o tema fotografia 2.0: O novo velho novo – analógico ou digital? 
Assunto da palestra proferida por Bruno Siqueira e Rick Arruda em 08.02.2012, no 
Evento Campus Party 2012, Anhenbi São Paulo. 

Paramos para refletir a forma de registrar e "eternizar" momentos através de imagens. A internet e a tecnologia vem a cada etapa mudando conceitos e padrões de comportamentos. 
Com tudo isso não pensem que a fotografia analógica foi extinta da vida das pessoas, é certamente um objeto de hobby, fica para os colecionadores. É sem dúvida, um material caro de difícil acesso e manutenção  para muitos. E este é o motivo pelo qual ela foi deixada de lado. 

É indiscutível que as lentes e os filmes das câmeras analógicas são de altíssima qualidade, 
mas o processo de revelação das imagens é caro e moroso para uma sociedade cada vez mais imediatista, que convive intensamente conectada em redes sociais, e através desse canal precisa deixar documentada a sua história através de imagens.

Na era da fotografia digital tudo é instantâneo, quase perfeito, pode ser modificado, descartado, transformado. Os ícones da fotografia 2.0 são os smartphones e iphones com seus softwares de edição de arquivos de imagens, como o instagram para serem imediatamente manipulados e compartilhados nas redes sociais.

O que é curioso é que estes softwares como Instagram, photoshop etc... estão ai para realizar
a mesma tarefa de manipulação realizada pelos antigos laboratórios de revelação de filmes, eles preservam a memória desse conhecimento, fragmentada em linguagem de programação.

O que precisamos discutir é quanto a forma de preservação dessas imagens, afinal é a memória da nossa história é um momento que não vai mais acontecer, daqui a alguns anos o nosso pendriver, CD, DVD, HD estarão obsoletos como aquele velho disquete.

Segundo Ricky Arruda, fotógrafo e desenvolvedor de fotografias feitas pelo celular e pelo uso de seus aplicativos, e Bruno Siqueira, designer gráfico e gerente regional da Lomography os jovens têm buscado cada vez mais redescobrir o processo analógico e a história da fotografia através dos recursos digitais.
Mas o que Rick Arruda aconselha aos praticantes da fotografia é também a busca pela paciência, o ato de planejar cada disparo, analisar a luz incidente, a composição, o contexto no qual está o objeto a ser fotografado, e experimentar a gostosa sensação de esperar como vai ficar o resultado da foto, buscar a oportunidade de ver uma imagem ser revelada e manipu
lada em um laboratório fotográfico.

Para Arruda, não dá para comparar uma fotografia analógica com uma digital, para ele cada processo preserva a sua beleza própria, sendo completamente distintos entre si, ainda que pensados para fins semelhantes. Enquanto, uma imagem digital é formada por pixels de forma quadrada a imagem em um filme é formada por grãos com formato arredondado.
Ele  diz que já realizou diversos ensaios fotográficos para revistas de moda com um iphone e o instagram e também com uma Lomo (pequena câmera analógica plástica) e teve resultados brilhantes, tão bons quanto com uma câmera profissional.

Na verdade o que precisamos é conviver com o analógico e digital e dominá-los completamente, não deixar que a máquina faça a foto,  é você que precisa pensar a foto seja com uma câmera simples e antiga, seja com uma câmera profissional de última geração.

O meu colaborador do blog, posteriormente fará uma publicação sob outros olhares, desse assunto, fazendo uma abordagem histórica da fotografia, e trazendo a discussão sobre o que seria a fotografia, ou como discutido aqui: a "Fotografia 2.0"

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